Em 16/04/201 iniciamos a leitura de um livro do José Contreras Domingo pelo Capitulo 11.
O espanhol do texto em si, nem é tão dificil (ainda mais em épocas de google tradutor, onde é possível fazer a tradução do texto todo a partir de uma foto!) porém um assunto novo, fora do seu hábito natural de leitura E em espanhl ... isso sim é um desafio! E foi assim que eu me senti novamente ...
Ainda que o texto "Pedagogia de la experiencia y la experiencia de la pedagogia" tenha sido para mim um texto bem mais fácil de ler que seu antecessor do Larrossa (talvez porque ele seja um educador, ao contrario do Larrossa que é um filósofo???) muita coisa nova foi abordada, que ao mesmo tempo me parece um dejavu ... algo que eu sempre soube. Como se fosse resposta às inquietações que tinha. Ainda que o texto seja cheio de perguntas :)
Em um outro texto (http://www.scielo.br/pdf/er/n66/0104-4060-er-66-327.pdf) Contreras afirma: "Ou seja, ao focalizar
a identidade da profissão naquilo que os docentes executam, reduzem-se as
chances da reflexão sobre por que o fazem. Logo, a rotinização, o isolamento
e a cobrança por resultados retomam espaço e refletem uma desqualificação da
docência como atividade intelectual." Interessante pensar nisso, uma vez que me enxergo como professora, mas que por ensinar "engenharia" fica parecendo as vezes que tenho apenas que replicar o que aprendi sobre a profissão e ponto! E é basicamente com esse enfoque que consigo entender o texto desse encontro!
- Só há experiência, se houver transformação; senão aconteceu apenas uma vivência. Viver uma experiência não é encerrar um processo, é estar aberta à um novo começo ... É deixar ela ser formativa do nosso eu (p.241)
- Se a pedagogia é um modo de proceder predeterminado eplanificado, não teria sentido falar em experiência. Isso pode ser uma contradição (incomoda!) ou um paradoxo (estimula!) p.243. Muitas vezes é possível observar alunos que querem aprender o "como ensinar", sem passar pelo "como fazer". Como se bastasse apenas uma "receita" de como dar aula que tudo irá funcionar!. No entanto, não há respostas claras e as propostas apesar de irem de um lado para o outro, parecem vazias! p.245
Em relação a isso, pode-se afirmar que o ensino deve ser sempre intencional, ainda que indeterminado. Ou seja, você deve ter metodos e objetivos, no entanto deve saber ouvir e se mover pela necessidade de sua classe.
- O verdadeiro educador se coloca dentro do processo de forma concreta (p.257) ... não é apenas um visualizador do que está acontecendo ou um mero "passador" de informação, afinal, a docência é uma profissão de relacionamento! Isso pode fazer como se estivessemos muitas vezes andando no escuro (p.247) e a unica coisa que podemos fazer para "clarear" essa escuridão é estar atento ao nosso aluno. É ter uma escuta atenta!
O autor termina esse texto citando a educadora Vivian G. Paley. Você pode ter mais informações sobre no proprio texto do Contreras que já conta que ela é de 1929 e ainda continua ativa, além de ter começada sua escrita de memorias e registro só depois de 50 anos. PAra saber mais sobre ela:
Tomando a liberdade de imitar Contreras e suas perguntas, formulo algumas aqui para terminar o texto:
1) Como me tornar perceptivel?
2) Como escutar?
3) Como fazer boas perguntas?
4) Como ter empatia pelo meu aluno?
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